A quebra, no varejo, é a diferença entre o nível de estoque no sistema de um produto (estoque teórico) e o nível real (estoque físico). Essa diferença também é conhecida como estoque fantasma e representa uma perda para o negócio. Pode ter várias causas, como falhas operacionais, roubo interno ou externo, ou, no caso de itens perecíveis, produtos vencidos.
Ter quebras no ponto de venda, assim como em qualquer ponto da sua cadeia de distribuição, é infelizmente inevitável.
Você descobrirá que algumas causas são gerenciáveis e outras não; entretanto, se não forem controladas adequadamente, a rentabilidade do seu negócio pode ser comprometida.
As quebras no ponto de venda não afetam apenas o lucro das redes, mas também colocam em risco seus próprios resultados.
Considere este cenário:
No reabastecimento de cada item, as redes tomam como base dois dados principais ao calcular seus pedidos:
- A existência do produto na loja (baseada no estoque teórico em seu sistema).
- O histórico de vendas do produto.
Se qualquer um desses dados estiver distorcido, por exemplo, por quebras não conciliadas em seus estoques, o volume de reordem gerado para o SKU pode ser insuficiente para as necessidades reais, deixando sua marca em risco de ruptura na prateleira.
Na próxima visita, seu consumidor pode encontrar uma prateleira vazia ou, pior ainda, pode ver que o espaço habitual do seu produto agora é ocupado pela opção do seu concorrente mais próximo.
Além disso, enquanto não for detectado que a causa disso é um estoque com quebras afetando o sistema de reabastecimento, aos olhos da rede, seus produtos não estarão atendendo ao desempenho esperado. Você pode perder um tempo precioso tentando entender o que está acontecendo com sua participação em certas lojas ou por que suas vendas caíram drasticamente.
Tipos de quebras
Quebras administrativas
São causadas pela má captura de informações nos custos dos produtos, bem como por capturas tardias de aumentos de preços, resultando em vendas com o preço incorreto. Além disso, podem ser causadas pelos seguintes fatores:
- Falta de atenção às datas de validade ao receber mercadorias.
- Quantidades incorretas tanto de caixas quanto de itens em relação ao que foi faturado e ao físico.
- Mercadorias danificadas não detectadas.
- Faltas sem entrega, mas faturadas.
- Danos nas caixas.
- Alterações de preço do fornecedor sem aviso prévio.
- Mudanças nos códigos de barras que não estão cadastrados no sistema.
- Pesos incorretos e má qualidade em perecíveis.
- Verificar se os termos de pagamento e ofertas acordadas estão corretos na fatura.
Quebras por roubos
Existem três tipos de roubos, que podem ser monitorados para evitar a quebra e, consequentemente, a ruptura de estoque:
- Roubo por parte de clientes.
- Roubo por parte de funcionários.
- Roubo por parte de fornecedores.
Assim, as quebras podem se traduzir não apenas em custos operacionais para uma rede, mas também em um fator desencadeante de rupturas de estoque e, portanto, em vendas perdidas para sua marca. Mesmo que a rede seja responsável pela administração de seus estoques, é do interesse de ambas as partes focar em ações que permitam melhorar a gestão e minimizar as perdas.
Causas das quebras
Entre os principais motivos das quebras no varejo estão:
- Organização incorreta dos produtos nas prateleiras.
- Etiquetagem incorreta.
- Prateleiras sujas ou empoeiradas.
- Pesos incorretos de perecíveis na caixa.
- Deficiência nos sistemas de refrigeração para perecíveis.
- Equipamentos e utensílios de açougue em mau estado.
- Omissão de produtos ao passar pelo scanner.
- Excesso de produtos com baixa rotação.
- Pouca ou nenhuma capacitação dos funcionários.
- Falta de cumprimento de políticas e processos da empresa.
- Mau manuseio de dinheiro em espécie.
- Falta de auditorias e retiradas.
- Verificação de depósitos bancários.
- Roubos.
Como reduzir a quebra em uma loja?
Manter um inventário adequado não apenas evitará rupturas de estoque, mas também ajudará a reduzir as quebras. Para garantir isso, você pode usar as seguintes estratégias:
- Registrar os produtos no sistema: isso facilitará a identificação de oportunidades relacionadas ao estoque.
- Utilizar uma metodologia para acompanhamento do inventário: dessa forma, você terá dados consistentes e confiáveis.
- Identificar valores estranhos: é importante monitorar os valores atípicos ao acompanhar o inventário, identificando qualquer discrepância.
- Automatizar seus processos: isso é essencial para reduzir a taxa de erros causados pelo fator humano.
- Monitorar o inventário em cada etapa: acompanhar o controle de estoque em todas as fases do processo ajudará a detectar problemas futuros a tempo.
Sabemos que cada empresa é única e as estratégias podem variar; no entanto, esses pontos que mencionamos trazem vantagens e benefícios para quase todas as empresas do setor de varejo.
Como detectar quebras?
Sem dúvida, é possível detectar quebras por meio da sua equipe de vendas em campo, como promotores, repositores ou supervisores. No entanto, considere que seu alcance e tempo de resposta provavelmente serão limitados por fatores como zonas geográficas, cobertura de lojas com supervisão, dias de visita dos promotores, etc. Além disso, o gerenciamento de uma grande quantidade de relatórios e evidências pode ser demorado.
Atender de forma eficiente a essa oportunidade requer, portanto, um enfoque com soluções tecnológicas que, em um único olhar, permitem identificar possíveis rupturas de estoque nas suas lojas, sejam elas causadas por quebras ou por falhas na sua própria cadeia de suprimentos.
Essas soluções identificam claramente em quais pontos um SKU deveria estar sendo vendido e não está, proporcionando uma enorme vantagem competitiva ao permitir que você concentre seu tempo e esforços na resolução imediata das ocorrências e na correção das causas.
Ao gerenciar seu ponto de venda, utilize ferramentas que forneçam informações confiáveis e seguras para expandir seus negócios.